domingo, 14 de setembro de 2008
Clarice e eu
Clarice está no CCBB (aqui no Rio). Já tem um tempo, eu sei. Mas neste final de semana resolvi dar uma olhada.
Já tinha ouvido todo tipo de crítica sobre essa mostra, algumas ótimas e outras péssimas.
Na minha humilde opinião, foi pouco. Pouco perto de todo universo que existe nesse ser. Mas foi suficiente pra eu perder horas ali, e a maior parte nas gavetinhas. Acertaram em cheio aí. Uma imensidão de gavetas, umas com chave e outras trancadas. Nas que estão abertas há um fragmento da escritora - cartas, documentos, trechos de livros, fotos, etc. Aquilo é tão ela. Não se abrem todas as gavetas, nem a metade delas. Clarice é hermética. Solta vestígios que você vai absorvendo aos poucos, entendendo de diversos modos. E como ela mesma diz "um dos indiretos modos de entender é achar bonito."
Ela vai ficar por lá até dia 28. Se você der sorte, ainda vai ganhar um simpático caderninho produzido pra mostra, pra você levar pra casa e escrever o que quiser.
A minha sorte foi maior ainda, porque eu não tinha notado o caderno na recepção do CCBB, mas um amigo que faz faculdade comigo me ofereceu o dele quando me viu babando pelo tal caderninho. Ganhei o dia.
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Um comentário:
muito bonito seu relato!
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